Pescador
De Aventuras

Mais de 150 histórias reais extraordinárias protagonizadas por Zico e seus amigos

Sobre o livro

Este livro foi feito para familiares e amigos. Não deveria ser lido por desconhecidos. Porém, como ficou inédito e divertido, Zico resolveu compartilhar com todos os que têm amor à vida. Algumas histórias poderão não comover os leitores; outras, porém, marcarão bem forte seus corações. Será impossível ficar indiferente.
Este é um livro das aventuras, pescarias e outras “mentiras” vividas pelo autor. Com um detalhe: ele é o único “mentiroso” que tem as fotos, as filmagens ou as testemunhas das mentiras. Não tente imitá-lo nem fazer isso em casa. Muitas das situações foram de alto perigo. “Só quero ser um bom exemplo para os jovens; jamais o contrário. Confesso que relutei em começar a escrevê-lo, justamente pelo receio de incentivar meus netos a fazerem loucuras do tipo que o “maluco beleza” do vovô Zico fazia”. Na realidade, todas as aventuras são possíveis, de riscos calculados e sob controle. São formas de viver intensamente os momentos e maneiras de louvar e agradecer a Deus pela Natureza e pela Vida.

Ele caprichou nas oportunidades apresentadas a mim. Muitos perguntarão: Como é que podem ter acontecido tantos casos formidáveis com o mesmo cara?

O Que tem no livro

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Expedição

O encontro de desaparecidos em desastre aéreo.

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Aventuras

A pé, a nado, de mergulho, bike e moto…

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Pantanal

Cruzada total do Pantanal… De Moto.

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Aventuras

Em homenagem aos Corsetti, Tessari, Franzoi, Dip e Ir. Bonifácio.

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Aventuras

de caiaque, bote, lancha, plana-sub, 4×4…

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NASA

Máquina exclusiva para a NASA.

História 1

 

Guri de 12 anos leva piá de 8, a cavalo, para Canela

Paixão da família por equinos.

Imaginem os riscos e preocupações dos pais em mandar um filho de 12 anos em uma missão quase impossível – uma jornada que seria difícil até para adultos: devolver uma criança de 8 anos, após um período de férias, a cavalo pelas trilhas que ligavam Caxias do Sul e Canela. Essas cidades distam mais de 80 quilômetros de onde meu avô morava e naquela época (fev. de 1.936) não havia a atual estrada definida, muito menos asfalto. E havia a necessidade de escolher os atalhos, as trilhas mais intrincadas, porém mais curtas. Meu avô fez um mapa do percurso com todas as paradas que eles deveriam fazer para descanso e alimentação dos cavalos. A “carta geográfica” feita à mão continha as principais referências, como os rios Cará e Santa Cruz onde se encontra a antiga Ponte de Ferro do Passo do Inferno. O mapa foi enriquecido com riachos, alguma árvore frondosa especial e as casas que dariam lanche e pouso. Quem nos conta esta quase inacreditável história é meu mano Tando, pois é jornalista e tem o dom de escrever desde pequeno, quando acompanhava o pai no serviço e teclava nas relíquias “máquinas de escrever”. O pessoal funcionário da Secretaria da Agricultura emprestava uma das máquinas, onde ele digitava seu primeiro jornalzinho, contando os acontecimentos da família e dizendo a previsão do tempo. Quando o dia estava quente, o Tando aproveitava lembrar que “era um dia perfeito para tomar sorvete e picolé”. Era uma dica para os adultos se tocarem e oferecerem a ele alguns cruzeiros. E desta primeira história deriva a segunda, que ocorreu muitos anos depois.

História 2

As vacas não têm culpa!

Campolino, na década de 30, resolveu cobrar pedágio de quem passasse na ponte sobre o rio Cará, na estrada de Caxias para Canela, na serra gaúcha. Arrumou uma farda cáqui, daquelas de guarda de fronteira, e um revólver de segunda mão que ele colocava na cintura para impor autoridade.

E lá estava o Campolino à espera de mais um “cliente”. Era o ano de 1.936. Mais precisamente final de fevereiro. Não demorou muito, avistou dois cavalos se aproximando. Em cima de um, havia um guri que recém havia feito doze anos e outro, logo atrás, de uns oito. O maior se chamava José e o menor, Eris. Eram primos. Chegara a hora de o Eris voltar para casa. Havia passado as férias na casa do tio, em Caxias. O tio, o velho Guera, renomado tropeiro da região, andava muito atarefado. Resolveu, então, confiar a tarefa de levar o sobrinho de volta para casa ao filho que melhor cavalgava. Mas não imaginava que o Campolino iria judiar dos garotos. Para assustar os guris, Campolino pegou nas rédeas de um dos cavalos e disse que eles não passariam se não pagassem o dobro do valor do pedágio. Como o dinheiro estava contado, o guri menor se abriu no choro e o maior tentou negociar, oferecendo o lanche que a nossa avó havia preparado para os dois. O Campolino não era “flor que se cheire”, mas também não era tão ruim assim. Afinal, deixou os garotos passarem aceitando o pagamento normal.

Quatorze anos depois, o José virou agrônomo e diretor do Fomento Agrícola, órgão antecessor à Secretaria de Agricultura do município de Caxias. E o Campolino? Passou a criar gado leiteiro e a produzir leite. O Fomento Agrícola de então distribuía ração para o gado com vistas a melhorar a qualidade do mesmo e, consequentemente, a produção de leite na região. Cada produtor tinha direito a duas sacas de ração.

Chegou então o Campolino, naquele órgão público, para pegar o que lhe era devido. O José, de outra sala, percebeu que a voz do senhor que entrava era conhecida (criança assustada tem uma memória!). Passou a porta, deu uma olhada e verificou: era o próprio guarda da ponte! Pediu a um funcionário para chamar o sujeito à sua sala e começou a conversa:

    – “Lembra-te do tempo da velha estrada de Caxias a Canela?”,

perguntou o agrônomo.

                        – “Pois é, tempos difíceis aqueles, não?”, comentou Campolino.

–   “Lembra-te de quando trabalhavas na ponte e chegaram dois guris a cavalo?”.

–     “Ah, aí aparecia de tudo. Desde “bebum” até menino atrevido!”.

–    “Pois um daqueles guris era eu e o senhor assustou-nos, hein?”.

Campolino, lembrando-se do fato, já foi saindo de mansinho sem pegar as sacas de ração.

Susto por susto, o José então decidiu:

–  “Chama de volta o Campolino!”.

E o Campolino voltou.

–  “Podes entregar a ração. E em dobro – determinou José -, pois as vacas não têm culpa!”.

Histórias

Fotos

São pequenas aventuras de uma pessoa normal que não parou de estudar nem de trabalhar para sair pelo mundo afora. Logicamente, não vamos comparar com Neil Armstrong que pisou na Lua, nem com Amyr Klink que ficou um ano na Antártida. Mas a sua vida tem sido muito rica de oportunidades e de variedades. O Criador caprichou tanto em qualidade quanto em quantidade.

Fiz tanta coisa importante na vida, mas todo o mundo só lembra essa máquina para a NASA. Todos vocês fizeram coisas bem melhores do que essa máquina. Eu, como pai de três amadas filhas, me dediquei a elas, cuidei delas, brinquei e as fiz parar de chorar muitas vezes...!

Zico Zugno

“Todos elogiaram as capacidades técnicas e feitos do Zico, mas eu vou falar das qualidades humanas, pois, se não fosse ele, eu não estaria aqui caminhando!

Geraldo

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